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Economia

Marcos Andrade: “A Fecomércio é uma máquina institucional de fazer o bem, e a muitas pessoas”

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“A Fecomércio é uma máquina institucional de fazer o bem, e a muitas pessoas”

Sim, a definição dada pelo seu presidente Marcos Andrade vem cheia de pertinência, de realidade e de concretude. De fato, a Federação do Comércio, de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Sergipe – Fecomércio – é mesmo “uma máquina institucional de fazer o bem, e a muitas pessoas”.

É possível dizer que é uma máquina de fazer o bem à quase totalidade dos 2,3 milhões de sergipanos. Porque, embora a sua ação esteja circunscrita às pessoas do comércio, dos bens, dos serviços e do turismo, a quem empreende e sobretudo a quem trabalha nestes setores, a ação desta macro entidade se espraia e se atende sobre os sergipanos como um todo.

Quando a Fecomércio faz escolas, quando prepara mão de obra, quando faz hotéis e restaurantes, quando presta serviços itinerantes em suas três big carretas, quando dá vida às festas d Natal, está contemplando a sergipanidade frontalmente. E isso atinge a todos.

Enfim, quando a Fecomércio aplica seu orçamento de quase R$ 400 milhões na economia de Sergipe – isso é mais do que o orçamento de mais de 60 dos 75 municípios – está sendo isso de que fala seu principal executivo, o seu CEO, Marcos Andrade.

De modo que a Fecomércio está aí, sendo e cumprindo seu papel profundamente social. E está cumprindo este papel faz décadas.

Está materializando a força e o poder de um dos mais poderosos segmentos da economia do Estado – primitivamente o comércio, mas hoje numa abrangência muito mais ancha, muito mais laica.

“E assim eu e todos os meus colaboradores a tocamos”, reforça Marcos Andrade, do alto do seus dois anos e meio de gestão. Embora suspeito, ele vê a sua a gestão como “séria, comprometida e humanizada”.

Não há, porém, do que se discordar. E mais ainda de um outro fato: Marcos Andrade, 60 anos, um contador de formação acadêmica, trabalha feito um jumento de carga. Sai muito cedo de casa e só retorna depois das 22h.

O que fazer é o que não lhe falta e, como bem diz a abertura desta introdução, a ação liderada por ele se espalha pelo Estado inteiro. E é essencialmente disso que Marcos Andrade vai falar com muita franqueza e sem voltas nesta Entrevista Domingueira.

Vai falar do que fez e do que muito fará sua gestão que se estende até o dia 11 de julho de 2026. A instituição permite apenas uma reeleição e Marcos vai logo avisando.

“Eu serei candidato ano que vem, em nome do muito que ainda tenho por fazer”, diz. Não havia muita confusão em torno da legitimidade da eleição dele? Havia, e ele vai dissipar qualquer dúvida sobre isso.

Diferentemente do que que esta Entrevista faz todas as semanas, os informes que Marcos Andrade tem a repassar não virão aqui para este lead. Estarão todos lhe esperando no corpo da Entrevista em si.

José Marcos de Andrade nasceu no dia 6 de maio 1964, em Tobias Barreto. Ele é filho de José Cupertino de Andrade e de Maria de Lourdes da Conceição de Andrade, ambos já falecidos.

É casado com a também contadora Josiane Santana Andrade e é pai de Loren Suyane Oliveira de Andrade, de 34 anos, Airton Oliveira de Andrade, 33, José Marcos de Andrade Júnior, 24, e de Marcos Felipe Santana de Andrade, 17.

Marcos Andrade é contador com formação pela Universidade Tiradentes desde 1989, quando a instituição era apenas Faculdade.

Marcos Andrade inaugurando o Senac de Itabaiana, cidade que ele vê como matriz de grande diferencial

Marcos Andrade na comunidade indígena Xocós, em Porto da Folha, seu novo xodó e pra onde

JULGANDO A SI MESMO, E OBVIAMENTE…

“Eu a vejo como uma gestão séria, comprometida e humanizada. Eu acho que a Fecomércio é uma máquina institucional de fazer o bem, e a muitas pessoas. E assim eu e todos os meus colaboradores a tocamos”

JLPolítica & Negócio – Qual é o balanço que o senhor faz da sua gestão à frente da Fecomércio até aqui?
Marcos Andrade – 
São dois anos e meio e eu a vejo como uma gestão séria, comprometida e humanizada. Eu acho que a Fecomércio é uma máquina institucional de fazer o bem, e a muitas pessoas. E assim eu e todos os meus colaboradores a tocamos.

JLPolítica & Negócio – Como é que estão aqueles processos todos questionando a sua chegada ao comando dela?
MA – 
Felizmente, e graças à boa compreensão de todos,  acabaram e a maioria daquelas pessoas já está ao meu lado, em harmonia e sintonia. Só resta uma, mas faço gosto de que venha pro nosso projeto. De modo que hoje corro risco zero de perder o mandato.

 

JLPolítica & Negócio – Até quando vai a sua gestão e a Fecomércio autoriza quantas reeleições?
MA – 
Essa atual gestão vai até 11 de julho de 2026 e a instituição permite apenas uma reeleição. E eu serei candidato ano que vem, em nome do muito que ainda tenho por fazer.
JLPolítica & Negócio – A qualificação de mão de obra feita neste ano contemplou quantas pessoas e quais são os braços da Fecomércio para isso?
MA – 
Contemplamos cerca de 26 mil pessoas através do Senac. Ressaltamos aqui os convênios com as prefeituras e em particular com o Estado, via Seduc, que são os alunos dos cursos médios da Secretaria, e com a Seteem, para qualificar a mão de obra da economia solidária.

Marcos Andrade em dia de posse na Fecomércio há dois anos e meio e comunicando desde já: vai à reeleição em julho de 2025

UMA AÇÃO PELA QUALIFICAÇÃO DE PESSOAS

“Contemplamos cerca de 26 mil pessoas através do Senac. Ressaltamos aqui os convênios com as prefeituras e em particular com o Estado, via Seduc, que são os alunos dos cursos médios da Secretaria, e com a Seteem, para qualificar a mão de obra da economia solidária”

JLPolítica & Negócio – O que esses números significam?
MA – 
Significam um recorde total. Atingimos os 75 municípios sergipanos pelo segundo ano consecutivo. Em 2022, quando assumi, já foram 18 mil atendidos. Em 2023, fomos 20.500. Em 2024, a minha previsão era a de 22 mil, mas no retificativo jogamos para 24 mil e terminamos com 26 alunos qualificados.

JLPolítica & Negócio – São quantas obras, na capital e interior, sob sua gestão? Quais as mais importantes delas no interior do Estado?
MA – 
São 24 obras, das que estão em serviço e projetadas. Em ação, no interior uma importante é a Escola do Sesc e Senac de Tobias Barreto. Conclui os projetos agora e em fevereiro ou em março já começa a licitação.

JLPolítica & Negócio – Qual é a característica dessa obra?
MA – 
Ela será uma escola em tempo integral e uma faculdade de moda. Teremos a do Senac de Estância, a Escola Sesc de beneficiamento de barro em Santana de São Francisco. Vamos potencializar o artesanato do barro dali e de todo o Baixo São Francisco. Terá uma escola de moda em Itabaianinha, que já é um polo de costuras.

JLPolítica & Negócio – E as da capital?
MA – 
Da capital, vale ressaltar a Faculdade de Tecnologia do Senac, que fica na Barão de Maruim. A Escola Sesc de primeiro grau, onde era a antiga Nossa Escola, na Coroa do Meio. Nós vamos construir ali ao lado uma outra, que será a Escola de Segundo Grau e pré-vestibular. Quero deixar patente que quando eu assumi baixei portaria decidindo que todas as escolas serão exclusivamente para os comerciários e os seus dependentes. Não havendo preenchimento das vagas, pode-se abrir para os demais membros da sociedade.

Marcos Andrade: no ato do Acendimento do Natal Iluminado de Aracaju de 2024 e botando a capital de Sergipe no centro do turismo brasileiro

PARIDADE COM O BRASIL NA QUALIDADE EDUCACIONAL

“Neste ano de 2025 teremos um nível de ensino deferido pelo nacional, que é um nível internacional. Ou seja, você vai preparar o aluno em Sergipe como no Brasil – primeiro, para o vestibular, para que ele possa disputar e entrar em pé de igualdade com qualquer aluno de qualquer escola particular de Sergipe e do resto do país”

JLPolítica & Negócio – Qual é o papel da Escola Sesc na educação integral e profissionalizante para os alunos de segundo grau?
MA – 
Quando você faz uma obra desse tamanho, antes de mais nada tem que ter excelência, que é a marca do Sistema Fecomércio, Sesc e Senac a nível nacional. Neste ano de 2025 teremos um nível de ensino deferido pelo nacional, que é um nível internacional. Ou seja, você vai preparar o aluno em Sergipe como no Brasil – primeiro, para o vestibular, para que ele possa disputar e entrar em pé de igualdade com qualquer aluno de qualquer escola particular de Sergipe e do resto do país.
JLPolítica & Negócio – As Faculdades Senac de Tecnologia e Moda são uma realidade em curso ou apenas um planejamento?
MA – 
Já são uma realidade em andamento. A de Tobias Barreto, que já está elaborada, será uma das de Moda. E teremos também a de Tecnologia. O prédio só está faltando autorização do MEC, porque temos todo o aparato. Vale ressaltar que estamos tendo ajuda do ministro Camilo Santana, da Educação, que esteve visitando nossa unidade Senac. E veja: queremos abrir já com a nota 5, que é a máxima.
JLPolítica & Negócio – Mas Tecnologia e Moda serão no mesmo prédio, mesmo espaço?
MA – 
Não. Serão em prédios diferentes. Ah, e a Moda será em Tobias Barreto, a de Tecnologia, em Aracaju.
JLPolítica & Negócio – Atende a que necessidade a expansão das unidades em Itabaiana e Lagarto?
MA – 
Itabaiana é uma cidade pujante. É diferenciada. Itabaiana é totalmente tecnológica, e por si só sobrevive em tudo o que faz. Para se ter uma ideia, colocamos só para Itabaiana um boneco realista. Você tem lá no curso de Técnico de Enfermagem um boneco como se fosse um corpo humano, que tem todas as reações de um corpo humano. Muito bem aceito. Os cursos lá em Itabaiana, sejam quais forem, são sempre cheio. Por isso digo que Itabaiana é diferenciada.

Marcos Andrade e toda a família nas alturas históricas do Peru

O DIFERENCIAL QUE VEM DE ITABAIANA

“Itabaiana é uma cidade pujante. É diferenciada. Itabaiana é totalmente tecnológica, e por si só sobrevive em tudo o que faz. Você tem lá no curso de Técnico de Enfermagem um boneco como se fosse um corpo humano, que tem todas as reações de um corpo humano. Muito bem aceito. Os cursos lá em Itabaiana, sejam quais forem, são sempre cheio”

JLPolítica & Negócio – São duas unidades que têm paridade entre si, a mesma importância, Lagarto e Itabaiana?
MA – 
Não. São um pouco diferentes. Eu fui procurado por um assessor do prefeito eleito de Lagarto, Sérgio Reis, para que seja doado um terreno para que a gente ponha exclusivamente uma Escola de Saúde ali. E já estamos discutindo. Por quê? Porque hoje lá é um polo forte de saúde. Para respaldar a Universidade Federal de Sergipe, seu curso de Medicina, o Hospital do Amor, o Hospital Regional. Ou seja, ali é um grande polo de saúde e o nosso objetivo é estar perto. Tudo o que for bom para Sergipe será bom para a Fecomércio.

 

JLPolítica & Negócio – E isso vai ser possível?
MA – 
Será sim, porque eu vou ter o apoio do presidente da Confederação Nacional do Comércio, de Bens, Serviços e Turismo, José Roberto Tadros. Eu já estive há muito com ele, falei da ideia e do meu pensamento, e ele disse que quando estiver tudo pronto ele liberará o recurso. Vale ressaltar aqui algo: todas as nossas obras têm de 80% a 90% dos recursos liberado pela CNC.
JLPolítica & Negócio – E a escola prometida para Santana do São Francisco, está em que pé?
MA – 
Lá tivemos algum percalço, digamos assim. Foi doado o prédio, já estava aprovado pela Câmara, só que a Prefeitura teve que reaver. Qual é o trâmite? O município informa que quer doar aquele espaço, colocamos isso em nosso Conselho do Senac de Sergipe, depois enviamos para o Nacional. O daqui e o Nacional aprovando, aí vai para o presidente Tadros homologar e passar uma procuração para que eu aceite aquele bem. Porque todos os bens do Sesc e Senac de qualquer Estado pertencem ao Nacional. Em Santana do São Francisco isso está atrasando. Mas agora já fizemos todo o trâmite novamente e vamos aguardar, porque também teremos uma qualificação e melhoria da insalubridade que hoje existe. Junto dela, o Governo do Estado fará um galpão em torno de 10 mil metros quadrados  para recepcionar o barro, matéria prima dos artesões. Ali cada um terá seu box, igual ao que vimos no Espírito Santos, inclusive sem queimar lenha, sem fumaça e sem agredir ao ambiente.

JLPolítica & Negócio – Qual é o objetivo da recepção pelo Fecomércio do Hotel Velho Chico, em Propriá?
MA – 
Olha, trata-se de uma doação do Governo do Estado. Na verdade, lá nós só teremos o terreno. E será para que a gente possa expandir nossos equipamentos e, acima de tudo, criar uma escola não só de hotelaria, mas de todos os sentidos, para o Baixo São Francisco, porque é uma região muito carente de toda uma assistência e de todo tipo de tecnologia. E faremos lá um mega-hotel com 30 apartamentos, com visão em 180 graus, todos de frente para o Rio São Francisco. O pensamento é que a gente possa dar oportunidade às pessoas de ficarem ali, com catamarã, com moto aquática, e ter hospedagem com almoço e janta. Que se possa sair de Aracaju e ter um bom equipamento de hospedaria lá à disposição. Um ponto de turismo. Vamos reativar o turismo de Propriá e região para servir Sergipe e Alagoas. Ele será um hotel e, junto com o hotel, terá a escola. Ainda não sabemos qual será o investimento dali.

Marcos Andrade na companhia de Luciano Hang, divulgando o São João de Sergipe em Balneário Camboriú, Santa Catarina

TRATAMENTO DIFERENCIADA À SAÚDE DE LAGARTO

“Eu fui procurado por um assessor do prefeito eleito de Lagarto, Sérgio Reis, para que seja doado um terreno para que a gente ponha exclusivamente uma Escola de Saúde ali. E já estamos discutindo. Porque hoje lá é um polo forte de saúde e o nosso objetivo é estar perto. Tudo o que for bom para Sergipe será bom para a Fecomércio”

JLPolítica & Negócio – A Fecomércio o receberá quando?
MA – 
Só estou aguardando o governador Fábio Mitidieri retornar. Acredito que agora em janeiro será assinado o termo de doação para que a gente possa começar a elaborar os projetos e a demolição do prédio hoje existente. Vamos refazê-lo 100%.

 

JLPolítica & Negócio – Como estão as tratativas para o arremate do Hotel Águas do Velho Chico, em Canindé?
MA – 
Isso aí eu pedi ao atual prefeito Weldo Mariano, porém não avançou, porque Canindé teve muitos problemas de gestão, foi um  entra e sai, fala-se com um em uma semana, na outra era com outro. Mas já tive contato com algumas pessoas que têm convivência com o prefeito eleito Machadinho e soube que estavam querendo colocar esse hotel para alguém diferente e foi bloqueado. Temos interesse lá, a gente pode aproveitar boa parte do que já existe e requalificar. Por quê? Porque nosso hotel em Aracaju é totalmente lotado. Nós fazemos turismo social e poderemos realocar turistas para Canindé. Temos transporte próprio, temos o turista e só estaria faltando um Hotel Sesc em Canindé. Eu tenho certeza de que o Sesc chegando em Canindé – porque o de Propriá será um Hotel Senac -, desenvolveremos a região pelo turismo social.

 

JLPolítica & Negócio – E o Hotel Sesc daqui já está superavitário?
MA – A ocupação daqui é de 100%. Não abriu superavitário, mas está.

JLPolítica & Negócio – Quais serão os novos cursos a serem instalados em Nossa Senhora da Glória?
MA- 
Teremos um curso especial, que será o de queijos artesanais. Quero levar isso para Glória, para Itabaiana e Tobias Barreto, regiões produtoras de leite e onde nós temos unidades. Para agregar valores e não ficar somente com o queijo coalho ou requeijão. Quando se coloca um queijo artesanal, tipo de Minas, agrega valor significativo, vai ter uma nova geração de emprego e renda e a valorização da pessoa que lá esteve. Isso é a economia solidária.

No que mais gosta de fazer na gestão: entregar certificados a alunos do Programa Primeiro Emprego, qualificados pelo Senac. Aqui, 2.200 deles

RESGATE VIGOROSO DO HOTEL VELHO CHICO

“Faremos lá um mega-hotel com 30 apartamentos, com visão em 180 graus, todos de frente para o Rio São Francisco. O pensamento é que a gente possa dar oportunidade às pessoas de ficarem ali, com catamarã, com moto aquática, e ter hospedagem com almoço e janta”

JLPolítica & Negócio – E seus negócios pessoais no campo agrícola foram deixados de lado?
MA – 
Não. Não posso, embora fique um pouco de lado. A parte agrícola eu estou ampliando bastante, porque o projeto nosso é fazer irrigação. Serão mil hectares em irrigação com café, laranja e banana. Além da prestação de serviço que nós temos, com assessoramento empresarial na área empresarial, principalmente indústria e recuperação fiscal.
JLPolítica & Negócio – O presidente da Fecomércio tem um bom salário?
MA – 
Nada. Zero. Nem eu e nem nenhum diretor. Não somos remunerados.

JLPolítica & Negócio – Não é estranho isso?
MA – 
É. Mas são as regras do Sistema.

Marcos Andrade com um grupo de empresários sergipanos participando da Global Voices na CNC

AGREGAR VALOR À CULTURA LATÍCINIA DE GLÓRIA

“Teremos um curso especial, que será o de queijos artesanais. Quero levar isso para Glória, para Itabaiana e Tobias Barreto, regiões produtoras de leite e onde temos unidades. Para agregar valores e não ficar somente com o queijo coalho ou requeijão. Quando se coloca um queijo artesanal, tipo de Minas, agrega valor significativo”

JLPolítica & Negócio – Qual é a previsão orçamentária do Sistema para 2025?
MA – 
São de R$ 280 milhões para o custeio e mais R$ 100 milhões de investimento.

JLPolítica & Negócio – Quanto foi a deste ano de 2024?
MA – 
Foram de R$ 250 milhões e mais R$ 60 milhões com os mesmos objetivos.

JLPolítica & Negócio – Há uma afirmação de que Sergipe vive seu melhor momento na empregabilidade. Quais são causas e as consequências disso?
MA – 
A Fecomércio tem ajudado nisso e nós temos hoje um governador participativo, proativo, que ajuda a desenvolver. Turismo é emprego imediato. Em 2023, geramos 3.360 empregos. Até outubro de 2024, foram 15.500. Temos o maior estoque de empregos da história de Sergipe. Nisso, o Sistema Fecomércio, Sesc e Senac representa 75%. E ressaltando também a economia solidária que nós qualificamos. Não é à toa que o Projeto Primeiro Emprego do Governo do Estado, que tem uma parceria com o Senac, de 800 projetos apresentados representamos no G20 o único classificado foi o nosso. Estivemos lá, Jorge Teles e Marcos Andrade. Jorge Teles representando o Governo do Estado, palestrando para a sociedade, para que fizesse parte do projeto a nível mundial.

Marcos Andrade com o governador Fábio Mitidieri e o senador Laércio Oliveira na vibe do São João de Sergipe

FAZENDO CARGA Á EMPREGABILIDADE TURÍSTICA

“A Fecomércio tem ajudado nisso e nós temos hoje um governador participativo, proativo, que ajuda a desenvolver. Turismo é emprego imediato. Em 2023, geramos 3.360 empregos. Até outubro de 2024, foram 15.500. Temos o maior estoque de empregos da história de Sergipe”

JLPolítica & Negócio – A nova sede da Fecomércio conseguirá ser entregue até em fevereiro? Ela vai ser onde e terá que característica?
MA – 
Ela já está pronta, dependendo agora só dos móveis. E é na Avenida Barão de Maruim, 563. O andar térreo estará à disposição de todos os sindicatos que queiram ir para lá. Fizemos 12 salas gerais e duas de reunião com lanchonete e estacionamento para 35 veículos ao mesmo tempo.

JLPolítica & Negócio – Quais serão a característica, o tamanho e o investimento da Fábrica de Chocolates no povoado a Mussuca, em Laranjeiras?
MA – 
Ela deve ser de 100 metros quadrados. A característica é a de incentivar a economia solidária e tivemos uma sacada legal: a de colocar motivos locais na feição do produto. O chocolate dali terá como motivo o folclore de Laranjeiras e isso vai fazer a diferença. Já nasce notado, com uma boa cobiça empresarial. A gente pode trazer grandes empresas para que possa melhorar o ambiente e também adquirir esse chocolate. Não adianta você fabricar se não tem o consumidor. Me permita só acrescentar mais dois projetos que julgo de suma importância. E isso foi uma parceria com o Tribunal de Justiça: instalamos o projeto dos CRAS, geralmente com as mulheres vítimas de violência doméstica, o desembargador Ricardo Múcio participou de todos ativamente. Temos na Patioba, em Japaratuba. Lá a Prefeitura montou todo o espaço – e ali é de bolo, de doces, de cocadas. E o Senac chegou para qualificar. Para fazer uma ficha técnica, para saber o custo e saber vender. Tem que gerar o produto e o mercado, senão morre antes de nascer. Eu dei a ideia de a gente colocar uma barraca ou uma casinha na BR-101, porque quem passa e vê “produtos locais da Patioba” – ressaltando que são quilombolas. Outra coisa importante: chegarmos na Ilha de São Pedro, nos índios Xokó, com a tecnologia. Fizemos um curso de tecnologia de níveis básico e avançado.

 

JLPolítica & Negócio – Qual é o planejamento da Fecomércio para o ano de 2025?
MA – 
Cada dia ampliar. Nós inauguraremos em janeiro um Restaurante Escola no Tribunal de Contas do Estado, inauguraremos outro no Cristo, em São Cristóvão, com o objetivo de ampliar o turismo. Nós temos a tratativa para receber em doação do Cacique Chá – ele precisa ser doado para que a gente faça um investimento significativo e melhore o padrão e o nível de visualização. Vamos fazer essa tratativa para receber como doação do Governo do Estado, da Emsetur.

Marcos Andrade e a esposa Josiane Santana Andrade durante homenagem recebida na Fenavist em Brasília

PROJETOS A SEREM EXECUTADOS EM 2025

“Nós inauguraremos em janeiro um Restaurante Escola no Tribunal de Contas do Estado, inauguraremos outro no Cristo, em São Cristóvão, com o objetivo de ampliar o turismo. Nós temos a tratativa para receber em doação do Cacique Chá”

JLPolítica & Negócio – Quanto foi o investimento da Fecomércio com as três carretas, elas atendem a que especialidades e são destinadas a que regiões do Estado?
MA – 
Foram R$ 2,8 milhões e hoje são modelo nacional. A nossa engenharia que as criou – temos uma engenharia de excelência, completa. Nós temos uma carreta de gastronomia, que está no Natal Iluminado, uma de beleza e outra de tecnologia. Todas com acessibilidade, tratamento acústico e tratamento de proteção solar, porque estamos no Sertão e rodando o Estado, e tudo isso foi pensado. Nós já atingimos em dois anos consecutivos dentro do Senac e do Sesc, pela primeira vez, todos os 75 municípios.
JLPolítica & Negócio – Qual é a importância dessa nova vibe do Natal sergipano, o Iluminado, e dessa recepção do Natal? Como é que a Fecomércio se faz parceira dos poderes públicos nisso?
MA – 
Isso tudo é muito bom. Antes de mais nada, foi criado em 2017 pelo então presidente e hoje senador Laércio Oliveira e nós demos continuidade e ampliamos, porque era resumido a ali ao Centro. Hoje tem no Centro, em toda Aracaju, na Sementeira, na Atalaia, na Vila do Natal Iluminado, que é uma parceria da Fecomércio com o Governo do Estado e Prefeitura.

JLPolítica & Negócio – Essa atitude infere sobre os níveis de turismo?
MA –
 Com certeza. Por dois anos consecutivos, fomos o segundo melhor Natal do Brasil. Esse ano eu acredito que chegaremos ao topo. E criamos um transporte, através da Setransp, saindo da Fausto Cardoso, indo à Vila do Natal Iluminado, e é um termo de fomento entre a Fecomércio e o Governo do Estado. E sempre dá parceria com a Energisa, que tem ajudado bastante a gente – a Sementeira é um exemplo.

Marcos Andrade num instante de confraternização com a família

TRÊS CARRETAS QUE VIRARAM EXEMPLOS NACIONAIS

“Foram R$ 2,8 milhões e hoje são modelo nacional. A nossa engenharia que as criou – temos uma engenharia de excelência, completa. Nós temos uma carreta de gastronomia, que está no Natal Iluminado, uma de beleza e outra de tecnologia”

JLPolítica & Negócio – Vale o investimento?
MA – 
Vale, porque temos mais de duas mil pessoas envolvidas em tudo isso. E o mais importante é a Parada Um Sonho de Natal. Esse ano já estivemos em Santana de São Francisco, que para mim é um exemplo a ser seguido. Para se ter uma ideia, lá temos uma população de oito mil habitantes e assistindo ao desfile foram 15 mil pessoas. Porque toda a região vem assistir. No ano passado nós tivemos 10 mil. Nesse, 15 mil.

 

JLPolítica & Negócio – O senhor é da tese, então, de que o turismo faz bem para a economia?
MA – 
Com certeza. Turismo é recurso imediato. É geração imediata de emprego. Por isso que Sergipe está saindo bem desse jeito: o Governo do Estado entendeu isso e Fábio tem feito muito pelo turismo de Sergipe. Nós fomos, em uma pesquisa feita pela Fecomércio em convênio com a Fecomércio de São Paulo, o quarto Estado que mais cresceu o turismo a nível nacional e o primeiro do Nordeste. Graças a tudo isso.

 

JLPolítica & Negócio – O senhor pensa em projetos políticos eleitorais para o futuro?
MA – 
Eu não vou dizer que dessa água jamais beberei. Temos um grande líder nesse setor, que é Laércio Oliveira, que é quem cuida da política juntamente com Fernando Carvalho. Se você me perguntar se busco, quero ou se está no meu horizonte próximo essa coisa da política, direi que não. Mas a partir do momento que você passa a discutir e a pensar, tem que trazer a família para uma decisão em conjunto. Ademais, a Presidência da Fecomércio é uma função política que naturalmente a gente busca desenvolver a cada dia em prol da sociedade.

Marcos Andrade participando do G20 Social no Rio de Janeiro

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