O Serviço Secreto e a Agência de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos dos EUA estão investigando o incidente, juntamente com outras agências de segurança americanas.
“Um incidente ocorreu na noite de 13 de julho em um comício de Trump na Pensilvânia. O Serviço Secreto implementou medidas de proteção e o ex-presidente está seguro. Esta é agora uma investigação ativa do Serviço Secreto e mais informações serão divulgadas quando disponíveis”, disse Anthony Guglielmi, chefe de comunicações do Serviço Secreto dos EUA, em uma declaração à imprensa, minutos após o ocorrido.
No momento dos disparos, que puderam ser ouvidos durante a transmissão ao vivo do evento, Trump interrompeu o discurso e se abaixou rapidamente, levando as mãos ao rosto, enquanto a multidão gritava.
Logo em seguida, as autoridades presentes instruíram o público a se abaixar e a se cobrir, enquanto a imprensa se retirava do palanque onde Trump discursava. Após uma breve pausa, o republicano se levantou, cercado por agentes e com a orelha sangrando, ergueu o punho para a multidão e foi levado às pressas para sua comitiva, que deixou rapidamente o local.
Seu adversário na corrida para a Casa Branca, tanto o presidente Joe Biden, que estava na igreja em Delaware quando o incidente aconteceu, quanto a vice-presidente Kamala Harris já foram informados sobre o ocorrido. No entanto, ainda não se pronunciaram sobre o assunto.
O incidente ocorre dois antes antes da Convenção Nacional Republicana, em que Trump será confirmado como candidato do partido para as eleições de novembro contra Biden. Também ocorre no momento em que é crescente a pressão para a saída do democrata da corrida eleitoral após um desempenho desastroso em um debate em 27 de junho. Com o impasse no lado democrata, pesquisas indicam que Kamala começa a despontar em pesquisas de opinião como a opção mais viável para enfrentar o republicano na votação.
Repercussão
Os senadores Marco Rubio e J.D. Vance, junto com o governador Doug Burgum, da Dakota do Norte — que são os nomes mais cotados para o papel de vice de Trump na corrida eleitoral — foram os primeiros a se manifestar pelo magnata e pelos partidários que estavam no comício em suas redes sociais.
“Orando pelo presidente Trump e todos os que compareceram ao comício na Pensilvânia hoje”, escreveu Rubio no X. Por sua vez, Vance escreveu: “Todos se juntem a mim em oração pelo nosso presidente Trump e por todos naquele comício. Espero que todos estejam bem.”
Do lado dos democratas, a primeira a se manifestar e a condenar a violência política foi a ex-presidente da Câmara dos Representantes (equivalente à Câmara dos Deputados no Brasil), Nancy Pelosi. “Como alguém cuja família foi vítima de violência política, sei em primeira mão que qualquer tipo de violência política não tem lugar na nossa sociedade”, escreveu Pelosi, referindo-se ao ataque que sofreu em 2022, quando um
homem invadiu sua casa e agrediu seu marido. “Agradeço a Deus que o ex-presidente Trump esteja seguro”, acrescentou.