Às vésperas do 2º turno das eleições, seguidores das Testemunhas de Jeová escolheram não votar por acreditarem que Jesus também não votaria. Robert Hendriks, representante da religião, disse em uma entrevista recente ao The San Diego Union –Tribune que eles juram fidelidade somente ao Reino de Deus.
Para os 1,3 milhões de membros das TJ, o ato de votar não seria um problema, porém “votar em um determinado candidato político ou questão seria um problema”, afirmou Hendriks. Ele também afirmou que os TJ não juram lealdade a um ícone nacional.
O líder continuou e disse que escolher um candidato nessa eleição anularia a sua fé e mostraria que eles não seguem a Jesus. Afirmou também que se posicionar a favor de um partido ou candidato é se posicionar contra os seus irmãos e irmãs. Hendriks tem 55 anos e foi criado nessa fé.
Contrariando outros cristãos que afirmam que Jesus abrangeu o ato de eleger quando usou a expressão “Dai a César o que é de César; e a Deus o que é de Deus” em Mateus 22.21, as Testemunhas de Jeová descrevem em seu site que a Bíblia fala para não votar em partidos ou candidatos políticos.
Eles usam João 6.15, onde Jesus diz aos seus discípulos para não fazerem parte do mundo, que isso deixou claro o não envolvimento das questões políticas. Tomar partido entre essa disputa também dividirá os seus membros que tem visões e linhas diferentes, justificaram eles.
Segundo o Christian Post, eles também usam versículos do Novo Testamento que fala sobre a união do corpo de Cristo para confirmar que ao se intrometerem na política, dispersarão discórdia entre seus membros, à medida que não tomar nenhum partido faz com que todos estejam unidos como irmandade.
Segundo o Pew Research Center, as Testemunhas de Jeová são 0,8% dos adultos nos EUA. Apesar de se considerarem cristãos, suas crenças divergem muito dos fundamentos bíblicos aplicados pelo cristianismo, como por exemplo, reconhecer que Jesus e o Espírito Santo como Deus.
Por Portal Sergipano