O Rubro-Negro contou com a sorte e a falta de pontaria dos paulistas no primeiro tempo. Do lado mandante, Reinaldo e Patrick foram os melhores jogadores e criaram bastante perigo à meta carioca – o meia, inclusive, obrigou Santos a fazer duas grandes defesas e ainda mandou um bomba no travessão. Já o time da Gávea, ao contrário, finalizou apenas uma vez a gol, mas colocou a bola na rede. Aos 11 minutos, Everton Ribeiro cruzou de longe da esquerda, João Gomes apareceu na ponta direita da área, subiu e testou no cantinho de Jandrei, triscando na trave e entrando. Uma etapa sem tanta criatividade, porém, com eficácia dos visitantes.
Após o intervalo, o São Paulo voltou até pressionando com maior intensidade. No entanto, o Flamengo não deixou a compactação da zaga afrouxar e soube sofrer com as investidas adversárias, principalmente, em ótimas intervenções do goleiro da Gávea. Até que, novamente de forma cirúrgica, os comandados de Dorival Júnior fizeram prevalecer o talento individual. Aos 21, no momento em que passava sufoco na partida, Arrascaeta cruzou da esquerda, Jandrei desviou errado e a sobra chegou em Everton Ribeiro. O meia arriscou rasteiro, o arqueiro espalmou de novo e Gabigol, no rebote, somente empurrou ao fundo da baliza.
Mas o Tricolor não se deu por vencido e lançou-se ao ataque, como havia pedido Rogério Ceni. De tanto insistir, a blitz funcionou, a princípio, e aos 33, Rodrigo Nestor, até então vaiado pela torcida no Morumbi, descontou: Welington inverteu a jogada até a bola chegar a Igor Vinícius. O lateral dominou e rolou para o jovem meia, de canhota, arrematar rasteiro, forte, sem chances a Santos. Só que a reação parou por aí. Isso porque, nos acréscimos, aos 48, Everton Cebolinha desencantou com a camisa rubro-negra, acertou uma foguete da meia-lua e decretou o 3 a 1, fora de casa.