O Brasil é o país que mais realiza transplantes de órgãos do mundo por meio do sistema público de saúde e ocupa a terceira posição no ranking em geral, de acordo com Maíra Botelho, secretária de Atenção Especializada à Saúde (SAES), do Ministério da Saúde.
Para marcar o Dia Nacional da Doação de Órgãos, celebrado no último dia 27 de setembro, o Ministério da Saúde lançou a Campanha Nacional de Incentivo à Doação de Órgãos e Tecidos de 2022, cujo tema é “Amor para superar, amor para recomeçar”
A iniciativa tem como objetivo incentivar a população sobre a importância da doação de órgãos e alertar os profissionais de saúde que lidam com essa situação delicada para as famílias e que são agentes para essa conscientização.
A pasta, segundo a secretária, investe cerca de R$ 1,3 bilhão por ano para garantir todas as ações e serviços relacionados aos transplantes de órgãos. “Nos destacamos ainda por possuir uma legislação própria em normas de referência, um sistema informatizado, com lista única de espera, que possibilita transparência a todo processo”, observa.
O país tem atualmente mais de 600 hospitais autorizados a realizar transplantes e essa rede realizou, em 2021, cerca de 23,5 mil procedimentos. Neste ano, entre janeiro e junho, o número de procedimentos já ultrapassou a marca dos 12 mil.
O transplante é garantido a toda a população por meio do SUS, que é responsável pelo financiamento de cerca de 88% dos procedimentos no país. Aos pacientes é garantido o atendimento integral, pois recebem acompanhamento pré e pós transplante, realizando exames e consultas necessárias e recebendo inclusive a medicação imunossupressora, necessária para prevenir a rejeição ao transplante. No ano passado, o SUS pagou, em média, R$ 61,7 mil por transplante de órgão e R$ 51,2 mil por transplante de medula óssea realizado no país.