Alunos do Instituto Pedagógico de Apoio à Educação do Surdo de Sergipe (Ipaese), acompanhados por integrantes da equipe da instituição, estiveram em visita ao Centro de Educação Profissional (CEP) do Senac, em Aracaju. A proposta foi conhecer a estrutura e, principalmente, a acessibilidade aos cursos, capacitações, oficinas, graduações e pós-graduações.
O grupo foi recepcionado no auditório, pelo diretor de Educação Profissional, Adalberto Trindade de Souto e pelas equipes dos núcleos de Desenvolvimento e Implementação Educacional (NDIE) e de Promoção e Relacionamento com Egressos (NPRE).
“Aqui, além dos cursos, temos o Banco de Oportunidades, no qual os egressos podem cadastrar seus currículos. O nosso sistema é acessado por muitas empresas, que abrem vagas para PCDs, inclusive por meio do Programa de Aprendizagem, que durante um ano e três meses, o jovem aprendiz faz a parte teórica no Senac e a prática na empresa contratante, e ao final recebe a certificação“, destacou a gerente do NPRE, Marileide Martins.
Os coordenadores de cada segmento apresentaram o portfólio de cursos que o Senac disponibiliza, ressaltando o comportamento do mercado de trabalho e as perspectivas de empregabilidade de cada área. Adalberto Trindade aproveitou a visita dos alunos do Ipaese para reforçar o trabalho de inclusão que é desenvolvido dentro do ambiente pedagógico.
“Nós temos uma pessoa surda em sala de aula no curso Técnico em Gastronomia. A aluna é acompanhada por um dos nossos intérpretes de Libras, garantindo que tenha total acesso aos conteúdos teórico e prático. Em breve, a nossa aluna será chef e quem sabe, montar seu próprio negócio. Esse é apenas um exemplo do que desenvolvemos e que estamos consolidando no Senac em Sergipe. Não há limites para pensar no futuro”, destacou.
Despertando interesse
O intérprete de Libras do Senac, Lucas da Paz, revelou as manifestações de interesse dos alunos do Ipaese.
“Achei uma tarde muito prazerosa, satisfatória. Eu tenho interesse nas áreas de beleza e de moda e neste encontro tive o esclarecimento do que preciso fazer para ter o meu crescimento profissional. Em breve estarei aqui, vou falar com meus pais para eu escolher algum curso do meu interesse”, destacou a estudante Gabrielle Canuto, 30 anos.
“Foi a minha primeira visita ao Senac. Muitas vezes passei na frente da instituição e sempre me perguntava o que fazia, do que tratava. E nessa visita junto com o Ipase, tive a oportunidade de conhecer o que o Senac, através dos técnicos de cada área, que explicaram sobre os cursos e o que temos que fazer para estudar no Senac, pois a minha vontade é fazer o curso de barbeiro. Em 2024 venho aqui fazer a minha matrícula também”, declarou o estudante Dhomini Santana, 20 anos.
Jéssica de Oliveira Paz, 37 anos, que é auxiliar de coordenação do Ipaese, enfatizou a importância da visita.
“Foi bastante relevante, pois eles estão próximos de finalizar os estudos conosco e nesta tarde tiveram a oportunidade conhecer os cursos do Senac, para que possam pensar no futuro. E foi perfeito, porque a equipe pedagógica mostrou as qualificações que são ofertadas em diversas áreas e com certeza, despertou neles a vontade de se profissionalizarem”.
Para a analista do NPRE, Sílvia Conceição, que acompanha de perto os alunos com deficiência, esse encontro foi uma oportunidade de apresentar a instituição, falar do Programa de Acessibilidade que disponibiliza benefícios para as pessoas com deficiência, ampliando assim o acesso a qualificação dentro de sua área de interesse.
“Foi um momento muito rico, pois os alunos ainda não conheciam esse novo horizonte para continuar os estudos e a busca pela qualificação profissional. A maioria não sabia que poderia ter acesso aos cursos do Senac com isenção ou desconto. Foi gratificante perceber o interesse de cada um deles, ao conhecer o portfólio do Senac, a instituição e o trabalho de inclusão que desenvolvemos”.
Senac|SE