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Conselho de Psicologia promove roda de conversa ‘Psicologia e Povos Originários’

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O Conselho Regional de Psicologia realiza, por meio da Comissão de Psicologia e Relações Étnico-Raciais, com apoio da Comissão de Direitos Humanos do CRP19, a roda de conversa ‘Psicologia e Povos Originários: diálogos possíveis e necessários em Sergipe’.

O evento acontece no dia 15 de maio, de 18h30 às 21hs, no Centro Universitário Uninassau, localizado na Av. Augusto Franco, 2340 – Siqueira Campos, em Aracaju e terá como facilitadores a indígena Edjania Batista dos Santos, Assistente Social; a psicóloga Jaqueline Medeiros Silva Calafate (CRP19/4149) e o psicólogo André Luiz Teles Ramos (CRP19/4384).

“O evento visa aproximar a Psicologia enquanto ciência e profissão dos Povos Indígenas de Sergipe, tendo em vista que desde as deliberações do IV Congresso de Psicologia, em 2001, havia recomendações para a aproximação das(os) Psicólogas(os) da questão indígena”, explica André Luiz Teles Ramos, que é membro da Comissão de Relações Étnico-raciais do CRP19.

Em âmbito nacional, esse marco ocorreu em 2004, no I Seminário de Subjetividade e Povos Indígenas,  em Luziânia-GO, onde lideranças indígenas representando etnias de todas as regiões do Brasil buscaram o Conselho Federal de Psicologia para que a mesma pudesse atender as demandas das etnias como perda de territórios, assassinato de lideranças, consequências da perda da língua e tradição na manutenção da cultura, discriminação de indígenas na aldeia e em contexto urbano, vício em álcool e outras drogas e etc.

“De lá para cá, cada região teve a sua própria história de aproximação com os Povos Indígenas no âmbito da Psicologia e chegou a vez de Sergipe. Reconhece-se que é uma aproximação bastante tardia e que não há nada de meritório nem de benfeitor na Psicologia e nas(os) Psicólogas(as), não sendo menos que uma tentativa de fortalecer o compromisso da mesma com aqueles que ela, enquanto aparato científico colonial, fez questão de esquecer, em sua sentença racista tal como fez, posteriormente, com os negros”, pontua o psicólogo.

Ainda de acordo com André  Ramos, o evento serve para refletir, juntamente de alguns representantes das etnias do Estado, como promover essa aproximação.

“Levando em conta o protagonismo indígena nesses debates que mais do que terem início, meio e fim, acabam servindo para introduzir e conectar profissionais que já trabalham com Povos Indígenas ou que tem esse interesse para um diálogo horizontal, a fim de que se construa uma nova práxis da Psicologia no Estado que seja coletivamente construída e que respeite a diversidade”.

O Estado de Sergipe tem uma considerável população indígena.  Cerca de 5 mil vivem em contexto urbano, além dos 400 Xokós aproximadamente que moram na Terra Indígena Caiçara, em Porto da Folha (IBGE, 2010) e o número ainda não identificado de Fulkaxós que vivem na Reserva Indígena Fulkaxó, em Pacatuba.

O evento é gratuito  e aberto ao público. As inscrições podem ser feitas via email [email protected]. Mais informações pelo whatsapp: 79 999225546.

Ascom  | CRP19

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