O general da reserva é o primeiro ministro a deixar o governo neste terceiro mandato de Lula. A demissão acontece horas depois da CNN Brasil ter divulgado um vídeo no qual Gonçalves Dias e funcionários do GSI aparecem circulando pelo Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro. Nas imagens, é possível vê-los interagindo e até mesmo orientando os extremistas durante a invasão e depredação do prédio.
Após o pedido de demissão de Gonçalves Dias, a Secretaria de Comunicação da Presidência emitiu uma nota oficial informando que as “imagens do dia 8 de janeiro estão em poder da Polícia Federal, que tem desde então investigado e realizado prisões de acordo com ordens judiciais”. Além disso, o órgão declarou que 81 militares, inclusive do GSI, já foram ouvidos e todos os envolvidos “estão sendo identificados e investigados” no inquérito.
Abaixo, confira a nota oficial na íntegra:
“A violência terrorista que se instalou no dia 8 de janeiro contra os Três Poderes da República alcançou um governo recém-empossado, portanto, com muitas equipes ainda remanescentes da gestão anterior, inclusive no Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que foram afastados nos dias subsequentes ao episódio.
As imagens do dia 8 de janeiro estão em poder da Polícia Federal, que tem desde então investigado e realizado prisões de acordo com ordens judiciais.
No dia 17 de fevereiro, a Polícia Federal pediu autorização para investigar militares e, a partir do dia 27 de fevereiro, com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), tem realizado tais investigações, inclusive com a realização de prisões.
Dessa forma, todos os militares envolvidos no dia 8 de janeiro já estão sendo identificados e investigados no âmbito do referido inquérito. Já foram ouvidos 81 militares, inclusive do GSI.
O governo tem tomado todas as medidas que lhe cabem na investigação do episódio.
E reafirma que todos os envolvidos em atos criminosos no dia 8 de janeiro, civis ou militares, estão sendo identificados pela Polícia Federal e apresentados ao Ministério Público e ao Poder Judiciário.
A orientação do governo permanece a mesma: não haverá impunidade para os envolvidos nos atos criminosos de 8 de janeiro.
Secretaria de Comunicação Social”