Silva, que atualmente tem 22 anos, foi torturado e teve a testa tatuada em julho de 2017 após entrar em um imóvel e ser acusado de furtar uma bicicleta. Na época, o então adolescente disse ser usuário de drogas e que estava “muito bêbado” quando entrou no condomínio. “Eu coloquei a mão em uma bicicleta, mas não estava roubando. Nem sabia o que eu estava fazendo”, relatou.
Dois homens foram presos e, no ano seguinte, condenados por crime de lesão corporal gravíssima e constrangimento ilegal pela ação contra o jovem.
Silva, por sua vez, foi internado em uma clínica de reabilitação para dependentes químicos em Mairiporã, na região metropolitana. No local, ele também passou por sessões para remoção da tatuagem –que não foram concluídas porque ele abandonou o tratamento.
O jovem já havia sido preso outras vezes. Ainda quando estava internado, ele teve uma saída da clínica autorizada e foi preso por suspeita de furtar um desodorante em um mercado. Pagou fiança e foi liberado.
Também chegou a cumprir pena após ser condenado em 2019 por tentativa de roubo em uma UBS (Unidade Básica de Saúde) em São Bernardo do Campo. Na ocasião, ele tentou levar um celular no valor de R$ 500, uma blusa de moletom e mais R$ 20,30 de uma sala dos funcionários. Segundo depoimento de Silva à Justiça, ele entrou no posto para se abrigar da chuva e realizou o furto porque estava sob efeito de drogas.
Segundo a Guarda Civil de Cotia, após a ocorrência deste domingo Silva foi encaminhado à delegacia, onde foi constatado que havia um mandado de prisão contra ele por suspeita de roubo.
O caso foi registrado na delegacia de Cotia como furto e captura de procurado.
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Guarda Civil de Cotia, na Grande São Paulo, prendeu na manhã deste domingo (27) o jovem que há cinco anos teve a testa tatuada com a frase “sou ladrão e vacilão”.