Duas explosões atingiram a Praça dos Três Poderes, em Brasília, na noite desta quarta-feira (13/11). Um corpo foi encontrado próximo ao prédio do Supremo Tribunal Federal.
As explosões ocorreram por volta de 19h30, em um intervalo de aproximadamente 20 segundos. Uma delas foi próxima ao Supremo, segundo testemunhas. A segunda ocorreu no estacionamento que fica entre a corte e o Anexo IV da Câmara dos Deputados: um carro com fogos de artifício e tijolos explodiu.
Uma explosão ocorreu em frente à sede do Supremo Tribunal Federal
Até a publicação desta notícia, a identidade da vítima não havia sido revelada pela Polícia Militar do Distrito Federal. Uma testemunha ouvida pelo canal de tevê Globonews afirmou que viu uma pessoa deixar sacolas com bombas em frente ao Supremo, informação ainda não confirmada pelas autoridades policiais.
A Praça dos Três Poderes foi completamente isolada após as duas explosões.
Ministros retirados em segurança
De acordo com a assessoria de imprensa do Supremo, os ministros foram retirados do prédio em segurança, assim como os servidores da corte. A sessão desta quarta havia acabado pouco antes das explosões.
“Ao final da sessão do STF desta quarta-feira (13), dois fortes estrondos foram ouvidos e os ministros foram retirados do prédio em segurança. Os servidores e colaboradores do edifício-sede foram retirados por medida de cautela. Mais informações sobre as investigações devem aguardar o desenrolar dos fatos. A segurança do STF colabora com as autoridades policiais do DF”, informou o tribunal por meio de nota oficial.
ConJur
Praça dos Três Poderes foi completamente isolada após atentado
A sessão da Câmara foi suspensa após a explosão e o Senado foi evacuado. “Acabo de receber a confirmação do óbito. Então, por conta disso, vou suspender a sessão. Vou pedir aos colegas que inclusive aguardem no Plenário (…) para que todos os senhores possam ter garantia de segurança, pois não sabemos como estão todas as questões”, disse o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), segundo vice-presidente da Câmara, após as explosões.
O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo, também emitiu uma nota. Ele disse que conversou por telefone com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), e com o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues. O magistrado falou que “está acompanhando a ocorrência e diretamente em contato com a segurança do STF”.
Nas redes sociais, o ministro Flávio Dino disse que a Justiça “segue firme e serena” e que tem “orgulho de servir ao Brasil na Casa da Constituição”.
O advogado-geral da União, Jorge Messias, também usou as redes sociais e tratou o caso como “ataques contra o STF e a Câmara dos Deputados”.
“Repudio com toda a veemência os ataques contra o STF e a Câmara dos Deputados. Manifesto minha solidariedade aos ministros e parlamentares. A Polícia Federal investigará com rigor e celeridade as explosões no perímetro da praça dos três Poderes. Precisamos saber a motivação dos ataques, bem como restabelecer a paz e a segurança o mais rapidamente possível”, disse o AGU.