O Centro de Educação Profissional (CEP) do Senac em Aracaju promoveu na noite de quinta-feira, 20, a palestra “Políticas afirmativas em Sergipe: memória e identidade étnica”. O evento gratuito e aberto aos comerciários, alunos e equipe pedagógica, aconteceu no auditório da unidade, José Hilton Ribeiro. O tema foi abordado pelo instrutor de Rádio e TV, e mestre em Ciências Sociais pela UFRN, Franklin Timóteo.
“O Senac sempre promove discussões sobre temas diversificados para que os nossos alunos possam entender, não só a parte técnica, mas também comportamental e de relacionamentos. O assunto desta noite é bem atual e relevante, para que as pessoas possam entender a importância de não praticar a discriminação, e sim de entender a diversidade que existe, seja de sexo, raça ou credo. Essa identidade étnica que está em discussão é justamente para que as pessoas possam se respeitar e se harmonizar dentro do ambiente de trabalho”, enfatizou Adalberto Trindade de Souto.
Para o diretor Regional, identidade numa análise mais contemporânea, significa escolhas.
“Hoje vemos por exemplo, a identidade de gênero, que é um tema bem mais aceito pela sociedade. É um caminho que também deve ser percorrido pelo indivíduo para ter a sua identidade, para se auto afirmar como se sente e se comporta diante das situações do cotidiano. Existem umas identidades que nos forçam a ser aquilo que não somos, porque somos taxados e não conseguimos sair daquela situação. A questão étnica é bastante profunda, cujas discussões são antigas e devem sempre acontecer, para acabar com qualquer tipo de preconceito que exista”, destacou Marcos Sales.
As políticas afirmativas, conforme destacou Franklin Timóteo durante a palestra, passa também pelo indivíduo se reconhecer pertencente a uma comunidade e fazer parte ativamente dela.
“Precisamos nos identificar e participar da etnia que declaramos fazer parte. Discutir política afirmativa e etnicidade é compreender as diversas características que os acessos a essas políticas afirmativas podem ter, sejam dentro do espaço público, das instituições privadas de fins públicos. A ideia é entender essa perspectiva da autoafirmação, da política afirmativa, seja por quem participa ou por quem propõe, é trazer o diálogo. Eu gosto muito do slogan da TV Futura, que diz que ‘o mundo não é feito de respostas, mas de perguntas’. Aqui estamos trazendo novos questionamentos acerca dessas políticas que vem acontecendo no país desde o processo de redemocratização”.
O conteúdo do evento foi acompanhado atentamente pelos participantes, a exemplo do estudante do Curso Técnico de Rádio e TV, Juliano Lima.
“A palestra foi sensacional, pois nos permitiu conhecer um pouco mais sobre a Memória e a Identidade Étnica de Sergipe. Encontros como estes, alimentam ainda mais o nosso pórtico de conhecimento. O professor Franklin tem uma dinâmica muito leve, clara e objetiva permitindo que o momento fique bem mais interessante e interativo”.
Na avaliação do gerente do CEP Aracaju, a questão da identidade é uma luta quase que diária de autoafirmação de pertencimento a um grupo.
“O indivíduo quer realmente ter seu reconhecimento social. Dentro do ambiente educacional não é diferente e o Senac é uma instituição inclusiva e reforçamos sempre essa questão. O assunto discutido neste evento é tão antigo, mas que sempre se torna atual quando trazemos à discussão. É necessário que a identidade étnica seja discutida sempre. Essa palestra, realizada por nosso instrutor Franklin, que está inserido no contexto, é um ganho de conhecimento muito bom para os alunos e para toda a equipe do Senac”.
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