Defesa do candidato ainda tem recurso para tentar reverter decisão unânime
A Justiça Eleitoral decidiu: Valmir de Francisquinho (PL) está fora da disputa pelo governo de Sergipe. Embora sua defesa pretenda protocolar recursos para tentar reverter a decisão unânime desta quinta-feira (8), nos bastidores, especialistas em direito eleitoral consideram remotas as chances de que o ex-prefeito tenha êxito e consiga manter sua foto nas urnas no dia 2 de outubro.
Mesmo confirmando a inelegibilidade de Valmir, condenado por abuso do poder político e econômico, o Tribunal Regional Eleitoral sergipano (TRE-SE) deu prazo até o dia 12 de setembro, próxima segunda-feira, para que a coligação “O povo quer” indique um novo nome para encabeçar a chapa. Fontes ouvidas pela reportagem afirmam que o agrupamento discute os nomes de Emília Corrêa (Patriota) e Eduardo Amorim (PL).
A primeira, que é candidata a vice, conta com menor rejeição junto ao eleitorado, mas enfrenta resistências internas. Já a indicação de Amorim acarretaria na sua desistência da disputa pelo Senado, sendo substituído por um dos suplentes: João Fontes, Edilma Amorim e Teixeira Caminhões, esse último com o registro também indeferido. Ele, porém, tem maior desgaste nas ruas que os dois primeiros.
Valmir liderava a maioria das pesquisas de intenção de voto para o Executivo estadual e agora as apostas se concentram sobre o seu potencial de transferência de votos. No meio político, há ainda a leitura de que a candidatura de Alessandro Vieira (PSDB) poderia ser beneficiada com Francisquinho fora do páreo.
A Corte Eleitoral baseou-se em denúncia do Ministério Público Eleitoral, segundo a qual Valmir de Francisquinho, que era prefeito do município de Itabaiana à época das Eleições 2018, usou a estrutura da administração municipal para potencializar a campanha eleitoral do filho, Talysson de Valmir, também condenado.
A condenação do TRE/SE já tinha sido confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas a defesa de Valmir sustenta que existem embargos ainda não julgados. Há o entendimento pacificado, contudo, que estes recursos não têm o poder de alterar a essência da decisão.
Política | Por F5 News
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